Falta de chuvas fará consumidor pagar R$ 745 milhões a mais por energia
por LORENNA RODRIGUESda Folha Online, em Brasília Os consumidores de energia elétrica de todo o Brasil dividirão uma conta de R$ 745 milhões pelo uso de termelétricas nos três primeiros meses do ano. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), este foi o custo adicional do acionamento dessas usinas. Desde o fim do ano passado, por causa da falta de chuvas, o governo determinou que termelétricas a óleo e a gás --mais caras e mais poluentes-- fossem acionadas para compensar as hidrelétricas. Segundo a Aneel, o custo adicional do uso dessas usinas em janeiro foi de R$ 31 milhões. Já em fevereiro, quando quase todas as termelétricas estavam em funcionamento, o valor ficou em R$ 268 milhões. Em março, a previsão é de que fique em R$ 446 milhões, mas o número final só será fechado na próxima semana. Como esse valor é dividido por todas as distribuidoras do Brasil, o impacto na conta de luz deverá ser pequeno. Nesta quinta-feira, a Aneel começou a autorizar o repasse no reajuste de distribuidoras do Sul e do Nordeste. Para a AES Sul, por exemplo, o impacto na conta de luz será de 0,56% e para a RGE de 0,44%. As duas distribuidoras atuam no Rio Grande do Sul. As termelétricas são acionadas quando o seu custo é menor do que o preço da energia no mercado à vista. Desde o fim do ano passado, porém, o governo determinou o funcionamento de usinas cujo custo estava acima desse preço. Técnicos da Aneel explicaram que esse valor adicional é transformado em encargo, ou seja, cobrado na conta de luz. A divisão entre os consumidores é feita proporcionalmente ao mercado de cada distribuidora.
Fonte: Folha Online, Na base de dados do site www.endividado.com.br
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